sábado, 13 de março de 2010

Repensar e Recriar para Avaliar

Um dos temas que considero merecer uma maior e mais relevante abordagem e análise nas novas teorias e propostas de ensino é sem dúvida a “Avaliação”. Sempre foram levantadas diversas questões, tais como: Quando avaliar? Como avaliar? Medir? Dar notas? Quantificar? Como fazer a avaliação dos processos de ensino-aprendizagem nos dias atuais? Quais as formas predominantes de avaliação? Para responder a questões como essas, decidi fazer algumas leituras sobre teorias de alguns autores, que produzem sobre tal tema, possibilitando-me assim chegar a algumas conclusões.

A avaliação ainda hoje é vista como um instrumento de exclusão. O educador ainda classifica e exclui o aluno, pois desde o início estipula um tipo de ensino, para um tipo de aprendizagem e o educando que não consegue atingir o esperado é classificado e excluído do processo. A avaliação deixa de ser um espaço de construção de conhecimento para que o professor faça a interferência pedagógica necessária, reformule, busque novas técnicas para ajudar o aluno a superar as dificuldades e passa classificá-lo de maneira punitiva e coercitiva da conduta comportamental e cognitiva do aluno.

Outro ponto que considero interessante é da importância do professor respeitar o ritmo próprio de cada educando. É verdade, pois cada aluno tem uma bagagem de conhecimento construído no decorrer de sua vida. E estas experiências interferem no seu ritmo para compreender o conteúdo em estudo com mais facilidade e ou dificuldade.

Outro aspecto importante é que não basta mudar o sistema avaliativo. Faz-se também necessário, mudar o trabalho pedagógico. O educador deve estar sempre refletindo a sua prática pedagógica e reconstruindo-a na busca de encontrar caminhos que direcionem os alunos a superar as necessidades diagnosticadas no decorrer do processo avaliativo.

Por isso, creio na necessidade de se estabelecer objetivos e critérios em planejamentos e no projeto político-pedagógico. Ter clareza de quê, quem, como e quando avaliar de acordo com o contexto e as especificidades da clientela a ser atendida.

É necessário utilizar diversos instrumentos de avaliação para que o aluno seja avaliado em sua plenitude e não apenas nos aspectos cognitivos, e o professor repense o seu fazer pedagógico e reorganize-o e contextualize-o caso seja necessário.

Neste contexto o professor é o mediador entre o ensino e a aprendizagem do aluno e a avaliação um instrumento necessário para a comunicação entre o ensinar e as formas de aprender.

O professor deve realizar uma avaliação diagnóstica, reguladora e somativa que busca acompanhar o processo de ensino. Estimular o aluno a superar as suas dificuldades e abolir de sua prática a avaliação punitiva que exclui e massifica o aluno na escola e na sociedade, oportunizando aos seus alunos, aprendizagens significativas e sua formação integral, para que ele possa integrar-se na sociedade como um cidadão digno, mais crítico e consciente.

João Gilberto

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